O Banco Central do Brasil (BC) acaba
de lançar seu Relatório da Administração, com base no exercício 2016. No
material, que pode ser lido na íntegra clicando aqui, a instituição máxima do
Sistema Financeiro Nacional (SFN) traça um perfil otimista da economia
brasileira ao fim do ano passado e faz pontuações importantes sobre o mercado
tupiniquim, incluindo desde alterações e facilidades para empresas estrangeiras
declararem investimentos no país a questões cotidianas, como o arrefecimento do
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), puxando para 6,29% uma
inflação que, em 2015, havia ultrapassado os 10,6%.
Outra porcentagem, no entanto, ganhou
destaque no levantamento do BC: a do crescimento nos ativos de cooperativas de
crédito na última década, batendo incríveis 711% - ou seja, uma média de 71%
por ano, incluindo períodos turbulentos no setor econômico no Brasil.
Números
De acordo
com o Banco Central, em 2006 as cooperativas de crédito nacionais ostentavam
R$26 bilhões em ativos, passando a R$211 bilhões no final de 2016. No mesmo
período, suas operações de crédito avançaram de R$13 bilhões para R$106
bilhões; enquanto depósitos fecharam R$126 bilhões em montante inicial de R$15
bilhões. O patrimônio líquido dessas instituições, que incluem o Sicoob, passou
de R$6 bilhões para R$35 bilhões em uma década.
Com esses resultados, o BC destacou
que “as cooperativas de crédito possuem papel destacado no âmbito do SFN e
constituem instrumento de reciclagem da poupança local e de inclusão
financeira. O BC, por sua vez, tem adotado as seguintes medidas, voltadas a
aperfeiçoar e fortalecer o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC)”.
Dentre os pontos salientados pelo
Banco Central está a “implantação do Fundo Garantidor do Cooperativismo de
Crédito (FGCoop), que proporciona mais segurança aos cooperados, ao proteger
depósitos mantidos nas cooperativas de crédito e nos bancos cooperativos, até o
valor de R$250 mil por CPF ou CNPJ, em caso de intervenção ou liquidação
extrajudicial das instituições” e a “implementação de um novo modelo de
Auditoria Cooperativa, com a obrigatoriedade de execução de auditoria
cooperativa em todas as cooperativas de crédito (singulares e centrais) – por
Entidade de Auditoria Cooperativa (EAC) ou por empresa de auditoria
independente registrada na CVM –, previamente credenciadas pelo BC, que
avaliará pontos como governança, limites operacionais e controles internos das
cooperativas”.
Fonte: Sicoob Credivertentes